quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Queremos conquistar o mundo', diz autor do Googleokê


Eduardo Araújo e seus amigos publicitários, que mandaram muito bem inventando o Googleokê (Arquivo Pessoal)

Eduardo Araújo e seus amigos publicitários, que mandaram muito bem inventando o Googleokê

* Luiz Medeiros

Emplacar um meme na internet brasileira não é fácil. Todo dia surge praticamente um novo viral, uma nova piada, que irá ser o tópico do dia no Twitter, no Facebook e em qualquer outra mídia social. Há uns dez 10 dias, não se fala de outra coisa que não seja o Googleokê.

Criado por seis publicitários de Belo Horizonte, o site reúne uma compilação de músicas “cantadas” pela “mulher do Google Translate”, aquele serviço de tradução simultânea do Google. “Todo mundo aqui é fã do Google e um dia brincamos de pôr uma letra no Translate. Para o povo remixar foi um pulo”, dizEduardo Araújo, de 27 anos.

Xibom Bombom, do grupo As Meninas, foi a primeira escolha. O desafio, conta Araújo, é faz a voz robótica da mulher do Translate ganhar ritmo musical e não ficar apenas falada. Eles trocam a letra “o” por “u”, por exemplo, para que o som fiquei mais próximo da canção original.

“Não é nada profissional, usamos o GarageBand (softwate do MAC OS) para remixar”, explica. Os sons que acompanham a voz são arquivos MIDI encontrados na internet, típicos de karaokê. “O estilo assim fica mais cômico. Todo mundo já cantou em karaokê”, continua.

Assim que o site entrou no ar e foi divulgado ele se tornou um sucesso instantâneo, algo que Araújo e os amigos Lucas Bandeira, Mateus Martins, Gustavo Costa, Rodrigo Simão e Guilherme Araújo não imaginavam. Tanto que eles não tinham nenhum programa para monitorar o número de acessos na página. “Calculamos que no 1º dia foi algo em torno de 700 mil”.

Com o sucesso boca a boca, o grupo começou a se arriscar e parou de fazer versões apenas de axés. “Meteoro”, de Luan Santana, foi a primeira aposta de risco e ficou divertidíssima. Depois veio a enoooorme “Faroeste caboclo”, da Legião Urbana.

“Nosso desafio é sempre colocar umas ‘gags’ no meio, que os artistas costumam fazer, como ‘tira o pé do chão’”, ri Araújo.

Ele conta que o Google ainda não procurou o grupo. Mas “amigos de amigos de conhecidos” da sede da empresa em Belo Horizonte disseram a ele que os funcionários da gigante da internet estavam se divertindo com o site.

A confiança é tanta que os amigos querem que o Googleokê seja hit, com o perdão do trocadilho, também internacional. A partir dessa semana eles vão incluir músicas de Beyoncé, Michael Jackson e outros artistas gringos. “Nosso desafio é chegar até os países internacionais, queremos expandir mesmo”, aposta Araújo.

“Sentimos que puxamos a fila de algo, Googleokê já virou verbete, o povo do Pânico já o mencionou... Queremos conquistar o mundo”, brinca o publicitário. Ou não.

Fonte: Virgula. Uol

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